quarta-feira, 13 de junho de 2018

O futebol amador na Rússia soviética

 Yashin com a taça da Eurocopa 1960 ao lado de Viktor Ponedelnik.

 Diferentemente dos países ocidentais, a Rússia não se preocupou em profissionalizar seu futebol tão rapidamente na primeira metade do século XX. Tendo o primeiro campeonato soviético sido disputado em 1936 e com pausa em 1940 para retornar em 1945, o futebol era um esporte amplamente difundido que arrebatava milhares de torcedores aos estádios. Apesar disso, os esportes na URSS sempre seguiram a linha do amadorismo, como forma de não capitalizar a prática esportiva. No futebol soviético, cada clube era representado por uma instituição social. O CSKA Moscou surgiu do Exército desde os tempos do czarismo. O Zenit Leningrado surgiu de uma fábrica, o Lokomotiv Moscou dos ferroviários e por assim se seguia.  Sendo assim, cada seguimento da sociedade estava representado no futebol.

sexta-feira, 8 de junho de 2018

Seleções socialistas em Copas do Mundo


As seleções socialistas sempre tiveram um papel de destaque no futebol mundial. Grandes esquadrões são lembrados, como a Hungria dos anos 50, a União Soviética dos anos 60, a Polônia dos anos 70, e as sempre temidas e admiradas Iugoslávia e Tchecoslováquia, além de outras como Romênia e Bulgária. Apesar do sucesso nenhuma delas chegou a conquistar uma Copa do Mundo, às vezes por muito pouco, o que, de toda forma, não tira o brilho das campanhas socialistas.


Copa de 1950
 

Iugoslávia - 5º lugar

A participação de seleções socialistas em Copas do Mundo começa no mundial de 1950, no Brasil, com a Iugoslávia. Embora nas copas de 1930, 1934 e 1938 diversos países posteriormente socialistas tenham disputado, como Iugoslávia, Romênia, Tchecoslováquia, Hungria, Polônia e Cuba, à época ainda não tinham adotado o socialismo. Assim começamos então em 1950, no Brasil, com a Iugoslávia. Após eliminar Israel nas eliminatórias europeias, os iugoslavos chegaram ao Brasil aplicando duas goleadas, 3 a 0 na Suíça e 4 a 1 no México. Porém estavam no grupo dos anfitriões e, com uma derrota de 2 a 0 para o Brasil, foram eliminados.

Iugoslávia no Brasil, Copa de 1950
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Copa de 1954

2º Hungria
8º Iugoslávia
14º Tchecoslováquia

Na Copa de 1954, na Suíça, começamos a ter uma maior participação do bloco do leste, representado então por Hungria, Iugoslávia novamente e Tchecoslováquia. Voltando um pouco, nas eliminatórias os tchecoslovacos eliminaram Romênia e Bulgária em seu grupo, os iugoslavos bateram os gregos e, novamente, os israelenses, enquanto a Hungria não precisou disputar devido à desistência da Polônia. Até então, como nas copas anteriores, a União Soviética sequer disputou as eliminatórias.

A Iugoslávia novamente caiu no grupo do Brasil, porém desta vez, com o empate, ambos se classificaram para a segunda fase, deixando de fora França e México. Foram eliminados nas quartas de final pelos alemães ocidentais. A Tchecoslováquia perdeu seus dois jogos, contra Uruguai e Áustria, e foi eliminada na primeira fase. O grande drama da Copa, porém, foi mesmo o dos húngaros. A "Geração de Ouro" esbanjou o melhor futebol. Capitaneada por Puskás e com craques como Kocsis, Tóth, além da segurança de Gyula Grosics no arco, os "Mágicos Magiares" pareciam imbatíveis. E foram, até a final. Na primeira fase marcaram incríveis 17 gols em dois jogos, sendo 9 contra a Coréia do Sul e 8 contra a Alemanha Ocidental. Nas quartas de final despacharam o Brasil por 4 a 2, nas semis um novo 4 a 2 contra os atuais campeões do mundo, Uruguai. Até a fatídica final quando foram derrotados por 3 a 2 pelos mesmos alemães da primeira fase. Até esta derrota a Hungria vinha de 4 anos de invencibilidade.

Os "Mágicos Magiares"


Gols da final da Copa de 1954


Iugoslávia em 1954

Apesar da má campanha, a Tchecoslováquia tinha um dos mais belos uniformes de todos os tempos.
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Copa de 1958

6º União Soviética
8º Iugoslávia
9º Tchecoslováquia
10º Hungria


A Copa de 1958, disputada na Suécia, não foi de resultados finais tão expressivos para as seleções socialistas, porém marcou a estreia da grande União Soviética com craques como Lev Yashin, Igor Netto, Kuznetsov e Nikita Simonyan.

Ficaram na primeira fase a Tchecoslováquia e a Hungria, já sem Puskás, com um empate e uma derrota para o surpreendente País de Gales.

A estreante União Soviética passou de fase em um grupo pesado, com Brasil, Inglaterra e Áustria, sendo eliminada nas quartas pela anfitriã Suécia. Já a Iugoslávia conseguiu uma grande vitória sobre a favorita França na primeira fase, porém foi eliminada pela Alemanha Ocidental também nas quartas.

Garrincha e Boris Kuznetsov em Brasil 2 x 0 União Soviética na Copa de 1958
Iugoslávia na Suécia, em 1958
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Copa de 1962

2º Tchecoslováquia
4º Iugoslávia
5º Hungria
6º União Soviética
15º Bulgária

Em 1962 a União Soviética chegava à Copa do Mundo no Chile com status de atual campeã europeia e a Iugoslávia como vice-campeã europeia. E foram justamente as duas seleções que protagonizaram o primeiro duelo socialista da história das copas. Ao caírem no grupo 1, juntamente com Uruguai e Colômbia, soviéticos e iugoslavos travaram uma batalha campal, que terminou com a vitória da URSS por dois a zero. O jogo, marcado pela violência, teve os soviéticos Metreveli levando pontos por um corte na sobrancelha, Ponedelnik com uma lesão no tornozelo, e o iugoslavo Matus com uma fratura no nariz. O fato mais grave, porém, foi o defensor soviético Eduard Dubinski com a perna quebrada pelo iugoslavo Muhamed Mujić. Dubinski faleceu sete anos depois de um sarcoma (câncer ósseo) que pode até ter sido iniciado pela lesão naquele jogo(1). Ainda assim, ambos passaram de fase.

A Tchecoslováquia, em um grupo complicado, encantou o mundo com sua seleção recheada de craques como Josef Masopust, Ladislav Novák, e o grande goleiro Viliam Schrojf. Já os húngaros voltaram a apresentar um bom futebol e fizeram contra a Bulgária o segundo clássico socialista das copas, vencendo por 6 a 1. Os magiares, porém, ficaram nas quartas frente aos poderosos tchecoslovacos, assim como a União Soviética, derrotada pelos anfitriões chilenos. A Iugoslávia, por sua vez, se vingou de duas eliminações consecutivas em copas para a Alemanha Ocidental, derrotando em 62 os tedescos por 1 a 0 nas quartas.

A primeira semi-final socialista em Copas, teve a Tchecoslováquia batendo a Iugoslávia por 3 a 1.

Já na final, contra o Brasil, a impressionante Tchecoslováquia saiu na frente com um gol de Masopust, porém duas falhas de Viliam Schrojf, que fazia uma grande Copa, determinaram a derrota dos socialistas por 3 a 1.

Tchecoslováquia no Chile em 1962
Gols da final entre Brasil e Tchecoslováquia


Selo húngaro para o primeiro jogo socialista em copas: União Soviética 2 x 0 Iugoslávia


União Soviética 2 x 0 Iugoslávia - primeira partida socialista em Copas do Mundo

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Copa de 1966

4º União Soviética
6º Hungria
8º Coréia do Norte
15º Bulgária


Depois do sucesso de 1962 a Tchecoslováquia não conseguiu se classificar para a copa de 1966, após cair em um grupo com a poderosa seleção de Portugal de Eusébio nas eliminatórias. Também seria a primeira copa desde 1950 sem a socialista Iugoslávia, que perdeu a vaga para França. Apesar das ausências socialistas europeias tivemos em 1966 a grande surpresa, Coréia do Norte (República Popular Democrática da Coreia - RDPC), que encantou ingleses e o mundo. Nos jogos eliminatórios, disputados no Camboja, a seleção norte-coreana bateu os australianos por 6 a 1 e 3 a 1 nos dois jogos. A África do Sul foi eliminada pela FIFA devido ao apartheid, e a Coréia do Sul desistiu da disputa. Assim os chollimas (alcunha da seleção norte coreana) chegaram a Middlesbrough, na Inglaterra, liderados por Pak Do Ik. A estreia contra os poderosos soviéticos não foi das melhores. 3 a 0 para "os russos" (parafraseando Garrincha). Então veio a glória, o 1 a 0 sobre a Itália, mais o empate com o Chile garantiram que URSS e RDPC passassem de fase.

Passou também a Hungria em seu grupo, derrotada pelos soviéticos nas quartas de final. A Coréia do Norte pegou os temíveis portugueses nas quartas, em Liverpool. Toda o estádio estava com os chollimas, assim como havia sido em Middlesbrough. A classe operária inglesa ia à desforra com os norte-coreanos, que jogaram muito e saíram na frente, depois fizeram o segundo e terceiro. 3 a 0 e Goodison Park veio abaixo. Mas do outro lado tinha Eusébio. A "Pantera Negra" marcou quatro gols e liderou a virada. Portugal 5 a 3, mas a campanha dos Chollimas nunca mais seria esquecida.

A União Soviética chegou às semi finais, onde foi derrotada pela Alemanha Ocidental.
Mini-documentário sobre a Coréia do Norte na Copa de 1966


Marinheiro de Middlesbrough invade o campo para comemorar com os chollimas após o empate contra o Chile que classificou a RDPC


Portugal e Coréia do Norte, Liverpool, 1966

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Copa de 1970

5º União Soviética
11º Romênia
13º Bulgária
15º Tchecoslováquia


O mundial de 1970 foi um dos mais exuberantes em diversos sentidos. Uniformes, jogos, craques. Porém as seleções socialistas tiveram dificuldades, sendo a União Soviética a única a passar de fase. Algumas situações, no entanto, ajudam a explicar o fato. Já nas eliminatórias chaveamentos duríssimos deixaram de fora seleções tradicionais como Hungria, Iugoslávia e Polônia, além da Alemanha Oriental. Na Copa, Romênia e Tchecoslováquia caíram no mesmo grupo, que também era de Inglaterra (atual campeã do mundo) e Brasil (que seria o campeão). A Bulgária não foi tão bem e acabou por perder o jogo e a vaga para o Perú, sendo a União Soviética a única que seguiu adiante. Na fase eliminatória os soviéticos enfrentaram o Uruguai, onde perderam por 1 a 0, com uma arbitragem extremamente controversa, especialmente pelo gol anulado por impedimento.

O goleiro uruguaio Mazurkiewicz voa para impedir o ataque soviético na Copa de 1970

Romênia e Brasil. Os romenos tinham um belo uniforme e futebol, mas caíram no grupo errado

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Copa de 1974

3º Polônia
6º Alemanha Oriental
7º Iugoslávia
12º Bulgária


A Copa de 1974 começou com uma das maiores controvérsias relacionadas à Copa ainda nas eliminatórias. A qualificação previa um chaveamento europeu e um sulamericano, com um play-off entre as seleções dos continentes. A nona colocada, União Soviética, disputaria uma vaga com o Chile, terceiro da América do Sul. O primeiro jogo, em Moscou, ficou no zero a zero. Mas na volta, com as denúncias (procedentes), de que o Estádio Nacional do Chile era uma espécie de campo de concentração para prisioneiros políticos, a URSS se recusou a jogar, perdendo assim, honrosamente, por W.O., a vaga na Copa de 1974. Apesar da pesada e correta desistência, duas outras seleções surgiram como novas forças socialistas na Copa. A Alemanha Oriental e a Polônia. Os alemães azuis (A DDR jogava de azul pois era a cor da Juventude Livre Alemã, - Freie Deutsche Jugend - FDJ- , responsável por reestruturar o esporte no país) levaram a Guerra Fria à Copa do Mundo, enquanto os poloneses encantavam com craques como Lato, Gadocha, Musiał e o arqueiro Jan Tomaszewski.

A Alemanha Oriental levou a primeira fase invicta, como primeira do grupo, que tinha inclusive a futura campeã Alemanha Ocidental. Num dos jogos mais controversos de todos os tempos, por tudo que envolvia, Sparwasser marcou para os socialistas contra os do oeste. A Iugoslávia também não decepcionou, se classificando em primeiro no grupo do atual campeão do mundo, Brasil, além de aplicar uma das maiores goleadas da história das copas, com um 9 a 0 sobre o Zaire.

A Copa de 1974 passou a ter uma segunda fase por grupos. Este fato leva a várias teorias de que a Alemanha Ocidental teria entregue o jogo contra os co-irmãos para se livrar do grupo da Holanda. Fato é que a Alemanha Oriental caiu no grupo com Brasil e Holanda, ficando em terceiro lugar e sendo eliminada juntamente com a Argentina. Já no grupo B a Alemanha Ocidental passou em primeiro, deixando a Polônia para a disputa do terceiro lugar, ficando de fora Suécia e Iugoslávia. A Polônia venceria o Brasil e ficaria com a terceira colocação com um golaço de Lato.

Lato foi o artilheiro da Copa com 7 gols e Andrzej Szarmach o vice, com 5.

O "gol" do Chile no Jogo da Vergonha, quando a União Soviética se recusou a ir a campo
Sparwasser marca o gol da vitória da Alemanha Oriental contra a Alemanha Ocidental



Golaço de Lato na disputa do terceiro lugar entre Polônia e Brasil

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Copa de 1978

5º Polônia
15º Hungria


Das copas mais recentes, a Copa de 1978, disputada na Argentina, foi uma das que menos teve seleções socialistas. Numa disputadíssima eliminatória europeia a União Soviética foi eliminada pela Hungria; a Alemanha Oriental perdeu a vaga para a Áustria; Bulgária e Albânia para a França; Tchecoslováquia para a Escócia,;Romênia e Iugoslávia para a Espanha. Assim chegaram à América do Sul apenas Polônia e Hungria.

Em um grupo encardido, com Itália, Argentina e França, a Hungria acabou eliminada na primeira fase. Já a Polônia passou em primeiro em um grupo que tinha, entre outros, a atual campeã, Alemanha Ocidental. Já na segunda fase os poloneses não tiveram a mesma competência e perderam os três jogos, para Argentina, Peru e Brasil.

Polônia e Peru em 1978



Hungria em 1978

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Copa de 1982



3º Polônia
7º União Soviética
14º Hungria
16º Iugoslávia
19º Tchecoslováquia


A Copa de 1982, na Espanha, foi a primeira com 24 seleções o que aumentou o número de seleções socialistas em relação à copa passada. No Grupo 1 a ainda poderosa Polônia, agora com o craque Boniek ao lado de Lato, passou em primeiro lugar no grupo da Itália. A União Soviética, apesar da derrota no jogo de estreia para o Brasil, com um pênalti claramente não marcado para os soviéticos, se classificou no grupo 6. Das socialistas ficaram de fora Hungria, Iugoslávia e Tchecoslováquia.

Na segunda fase o empate entre URSS e Polônia deixou os soviéticos de fora, sendo que a Polônia, mesmo com toda a magia de Boniek, perderia para a futura campeão Itália, nas semi-finais. Ainda assim os poloneses venceriam a França de Platini na disputa de terceiro lugar.

Polônia e França na disputa do terceiro lugar em 1982



Sócrates passando por Tengiz Sulakvelidze em Brasil 2 x 1 URSS na Copa de 1982.



A Tchecoslováquia não conseguiu repetir o brilho dos anos 60

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Copa de 1986

10º União Soviética
14º Polônia
15º Bulgária
18º Hungria


Na Copa de 1986, no México, foram introduzidas as fases de oitavas de final, onde ficaram todas as seleções socialistas. A Bulgária se classificou no grupo da morte com Argentina e Bulgária, mas o confronto mais aguardado foi entre União Soviética e Hungria, carregado de fatores históricos. Em Irapuato os soviéticos aplicaram uma goleada de 6 a 0.

Bulgária em 1986, no grupo da morte, com Argentina e Itália

União Soviética 6 x 0 Hungria.

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Copa de 1990


5º Iugoslávia
6º Tchecoslováquia
12º Romênia
17º União Soviética


Assim como em 1962, a União Soviética chegava com expectativas, agora devido ao vice-campeonato europeu de 1988. Porém o grupo mais confuso da Copa de 90, com os espetaculares Camarões e a fortíssima Romênia, além da atual campeã mundial, Argentina, derrubaram os soviéticos na primeira fase. Apesar dos Camarões passarem em primeiro e a União Soviética em último, o jogo entre ambos ficou 4 a 0 para a URSS, o que mostra o equilíbrio do grupo. Esta também foi a última Copa de Rinar Dasaev, que jogou apenas a primeira partida. Já os tchecoslovacos e os iugoslavos, com um futebol bastante atraente, conseguiram passar em seus grupos. Nas oitavas de final a Iugoslávia, com um dos mais belos uniformes da história das copas, bateu a Espanha por 2 a 1, enquanto os tchecos venceram os costarricenses de goleada, 4 a 1. Enquanto os tchecoslovacos ficaram nas quartas perdendo por 1 a 0 para os alemães, os iugoslavos, com uma das seleções mais fortes de sua história, acabaram protagonizando um jogo épico com os argentinos. Na disputa por pênaltis, após o 0 a 0, depois de Maradona e Troglio terem perdidos suas cobranças, e a Iugoslávia estar com a vantagem, Hadžibegić se encaminha para a cobrança, mas decidem alterar e colocar Brnović na hora H, que perde o pênalti. A vaga terminou por ficar com os sulamericanos, que seriam vice-campeões do mundo.

Jogos do Grupo B: União Soviética x Camarões e Romênia x Argentina



Disputa de pênaltis entre Argentina e Iugoslávia

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Copa de 2002
31º China


Após um longo hiato de seleções socialistas, com a mudança de orientação do bloco do leste no fim dos anos 80 e começo dos 90, a China foi o primeiro representante do novo milênio e na primeira Copa na Ásia. Após deixar para trás Emirados Árabes, Uzbequistão, Catar e Omã, a China chegou á Copa do Mundo sem tantas expectativas. Que de fato não se concretizaram, após derrotas para Costa Rica, Brasil e Turquia os chineses deixaram o campeonato, mas não há como negar o fato de se classificar para a Copa do Mundo, especialmente para um país que tenta alavancar o esporte.

China enfrenta o Brasil na Copa de 2002
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Copa de 2010

32º Coréia do Norte


Após 44 anos a Coréia do Norte volta a disputar a Copa do Mundo. Após eliminar Emirados Árabes, Irã e a Arábia Saudita os chollimas voltam ao mundial. O grupo não é fácil, e novamente a RDPC se encontra com Portugal que, no lugar de Eusébio, tem Cristiano Ronaldo. Estão também no grupo o Brasil e a forte Costa do Marfim. A situação não foi favorável, porém novamente ficaram as cenas históricas. Neste caso o fato mais marcante não foi futebolístico, mas sim a emoção de Jong Tae-se, japonês naturalizado norte-coreano, durante o hino contra o Brasil.


Jong Tae-se, o momento da Copa



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(1):https://www.telegraph.co.uk/sport/football/picturegalleries/11964057/Football-scariest-XI.html?frame=3487410

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Ruperto Sagasti... da Guerra Civil Espanhola ao estrelato no futebol soviético



 Quando em meados dos anos 30, o menino espanhol Ruperto Sagasti San-Vicente deixou a Espanha como refugiado da Guerra Civil Espanhola para viver na União Soviética, não imaginava que ainda tivesse que encarar em sua vida uma outra guerra. Natural da cidade de Bilbao, onde nasceu em 1923, ele foi levado para a URSS ainda aos 12 junto a outras crianças. Após chegar em Leningrado, encarou uma viagem de barco para ir viver em Odessa, uma cidade ucraniana. Mas com a Segunda Guerra Mundial batendo a porta, teve novamente de abrigar-se em outra localidade do país soviético.

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Em Noite de Corinthians e Santos a ditadura matou Marighella

Folha de São Paulo, 5 de novembro de 1969.

 Há 105 (106) anos atrás nascia em Salvador o ex-guerrilheiro Carlos Marighella. O baiano que viera ao mundo numa terça-feira, deixaria o mesmo em outra terça, algumas décadas distantes de 1911, e num episódio em São Paulo.

terça-feira, 9 de maio de 2017

Dínamo Moscou e sua invicta excursão britânica em 1945



Poucos meses após o fim da Segunda Guerra Mundial, mais precisamente em novembro de 1945, o governo britânico, através de sua Federação, convidou o então campeão soviético, Dínamo Moscou, para uma excursão aos países da Grã-Bretanha para a realização de quatro jogos amistosos. Devido aos longos anos em que as principais competições esportivas mundiais estiveram canceladas devido à guerra, havia muita curiosidade no mundo ocidental sobre o nível de excelência no futebol do país socialista. A imprensa inglesa, antes dos jogos, apelidou-os de "misteriosos russos"(1), e talvez poucos esperassem o nível visto pelos soviéticos nos gramados.

segunda-feira, 8 de maio de 2017

Quando Sparta Praga e Sergipe realizaram um amistoso no Batistão

O onze do Sparta posando para a foto antes do jogo no Batistão. 

 O Club Sportivo Sergipe é até hoje a única equipe do estado a realizar jogos com clubes internacionais. Como bem conta seu hino de 1959: "Nossos dias de prélios famosos...". Na década de 60 o colorado enfrentou a Seleção de Gana e também a Seleção de Novos da Argentina em 1968, em decorrência da entrega de faixas pelo seu título do Campeonato Sergipano de 1967. Esta partida foi realizada no ainda Estádio Estadual de Aracaju e os anfitriões venceram os portenhos por 3 a 1. Já em 1970, após a inauguração do Estádio Lourival Baptista, Aracaju que já havia recebido a ilustre visita da Seleção Brasileira, pré-campeã da Copa do Mundo, recebeu também para um amistoso o multicampeão Sparta Praga.

sexta-feira, 5 de maio de 2017

O futebol em Karl-Marx-Stadt

Elenco do Wizmut Karl-Marx-Stadt

 Não é novidade que o futebol era um dos esportes mais relevantes na antiga Alemanha Oriental. Em Karl-Marx-Stadt, atual Chemnitz o esporte bretão esteve presente com duas equipes. Nos 199 anos do filósofo Karl Marx contaremos abaixo sobre as duas agremiações que compuseram o futebol da cidade e que levaram consigo o nome da mesma em três títulos nacionais, entre as décadas de 1950 e 1960.